sexta-feira, 20 de abril de 2018

Vamos falar sobre Tiradentes?

A história de Joaquim José da Silva Xavier e a Inconfidência Mineira continuam sendo assunto para a sala de aula
Salvar
Por: NOVA ESCOLA
Monumento a Tiradentes em Ouro Preto, Minas Gerais   Foto: Reprodução/Facebook
Tiradentes é um dos personagens históricos brasileiros mais conhecidos – dentro e fora da sala de aula. Joaquim José da Silva Xavier é reconhecido por ser um dos líderes do movimento da Inconfidência Mineira. Em 1965, foi proclamado Patrono Cívico da Nação Brasileira pela Lei 4.867 e é a única pessoa do país homenageada com um feriado na data de sua morte, em 21 de abril.
Embora tenha sido executado como traidor da Coroa Portuguesa, Tiradentes tornou-se um símbolo importante já no nascimento da República. Quem melhor para ocupar o lugar de herói da nação do que um homem de origem humilde, trabalhador e que tomou parte de um movimento pelo qual deu a vida? Some-se a isso uma representação visual que o aproximou de Jesus Cristo – e que foi disseminada em várias pinturas, que depois seriam reproduzidas em livros históricos e didáticos.

A pintura mais famosa, porém, é a de Pedro Américo. Embora fosse o pintor oficial do regime monárquico brasileiro (autor de O Grito do Ipiranga, que representa a independência do Brasil de Portugal), ele usou Tiradentes como inspiração para produzir uma série de cinco obras sobre a Inconfidência. Somente uma, Tiradentes suplicado, posteriormente conhecida como Tiradentes esquartejado, foi realizada.
E assim Tiradentes entrou para a história brasileira como grande herói. 

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018


Aí está o link para o filme no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=CNp7pmTpEOc

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Brasil também teve campos de concentração

Durante a 2ª Guerra, também tivemos nossos campos de concentração - onde japoneses, italianos e principalmente alemães ficaram confinados. Conheça as histórias dessas pessoas

por Alexandre Duarte
Manhã de 2 de março de 1944. Na Estação Experimental de Produção Animal de Pindamonhangaba, uma fazenda no interior de São Paulo, ouviu-se um som que não era comum no local. Era o choro de uma criança nascendo. Mas não uma criança qualquer. O choro era de Carlos Johanes Braak, o único brasileiro nascido em um campo de concentração - e em seu próprio país. Durante a 2a Guerra Mundial, o Brasil manteve 31 campos de concentração, para onde mandava os cidadãos de países do Eixo - a coligação formada por Itália, Japão e Alemanha. Os pais de Carlos, que eram alemães, estavam entre as centenas de pessoas que viveram esse lado menos cordial da história brasileira. "Era uma fazenda. O estábulo virou um dormitório. Minha mãe ficava numa casa, separada. Foi onde passei os dois primeiros anos da minha vida", lembra Carlos.
O pai de Carlos se chamava August Braak. Sua mãe, Hildegard Lange. Eles partiram de Hamburgo, na Alemanha, em direção à Cidade do Cabo, na África do Sul. Estavam a bordo de um navio chamado Windhuk, no qual August trabalhava como comissário e tesoureiro. 
O Windhuk era uma embarcação turística, mas também coletava mercadorias. Quando a 2a Guerra começou, o navio já estava no continente africano - em Lobito, Angola, recebendo um carregamento de laranjas. O navio não tinha como voltar para a Alemanha em guerra, pois estava sendo perseguido por embarcações inglesas. O capitão decidiu fugir para o Brasil. E a embarcação acabou chegando ao Porto de Santos disfarçada de navio japonês, com o nome de Santos Maru, em 7 de dezembro de 1939.
Assim que o navio chegou aqui, ficou evidente que ele não era japonês coisa nenhuma. Mas os alemães foram bem recebidos. August e Hidelgard, bem como os outros 242 tripulantes, viviam em Santos e redondezas. Alguns moravam no próprio barco, outros, em pensões. Todos recebiam salários do governo alemão, e levavam uma boa vida. Em 19 de abril de 1940, os pais de Carlos se casaram numa festa a bordo do navio. 
Mas, em 1942, tudo mudou. O Brasil rompeu relações diplomáticas com os países do Eixo - cujos cidadãos passaram a ser considerados inimigos. "O governo brasileiro precisava fazer isso [criar os campos de concentração] para se alinhar com as estratégias dos Aliados e dos EUA", explica a pesquisadora Priscila Perazzo, autora do livro Prisioneiros da Guerra (Ed. Humanitas). Alguns estrangeiros foram mandados para presídios comuns - como os de Ilha Grande e Ilha das Flores (RJ). Mas a maioria foi para campos de concentração, organizados pelo Ministério da Justiça. 
Os pais de Carlos foram parar num desses campos - a fazenda em Pindamonhangaba, onde ficaram confinados 136 alemães do navio Windhuk. Eles foram presos porque seu navio tinha chegado ao Brasil durante a guerra, coisa que o governo interpretou como uma ameaça.
Os prisioneiros não podiam manter suas tradições. Nada de ler livros em alemão, por exemplo. Mas o clima era relativamente tranquilo. Alguns prisioneiros podiam visitar o centro da cidade aos sábados, aonde iam acompanhados pelos guardas. "Era comum os presos chegarem carregando os fuzis dos guardas, que sempre voltavam bêbados", diz Carlos.
Trabalhos forçados 
A outra parte da tripulação do navio foi parar no campo de Guaratinguetá - entre eles Horst Judes, também tripulante do Windhuk, que tinha 19 anos. Quando desembarcou em Santos, foi um dos que ficaram vivendo no navio, até ser preso em 1942. No campo de concentração de Guarantinguetá, o tratamento não era tão bom. "Éramos obrigados a trabalhar no campo", conta o alemão, hoje com 87 anos e dono de uma chácara no interior de São Paulo. A rotina no campo de Guarantinguetá era acordar cedo, pegar enxada e picareta e dar duro. Cada prisioneiro levava um número nas costas. "O meu era 17", conta Horst. O café da manhã tinha dois pãezinhos e uma caneca de café. No almoço e no jantar era só arroz com feijão. Às quintas e aos domingos, era dia de macarrão. Mas a comida nem sempre era suficiente, e os prisioneiros dependiam de padrinhos, geralmente alemães livres, que os ajudavam de diversas maneiras. Alemães livres? Sim. A maior parte dos imigrantes não foi presa. Iam para os campos aqueles que chegavam ao Brasil em plena guerra, ou eram suspeitos de espionagem. 
Foi graças a esse apadrinhamento que Horst conseguiu sobreviver depois de ser solto, em 1945. "Saímos do campo sem dinheiro nem emprego. Foram os padrinhos que nos ajudaram. O meu era de São Paulo. Trabalhei como mordomo e até como taxista", conta. Como a maioria desses estrangeiros, ele também constituiu uma família brasileira, e diz gostar do país que adotou de maneira forçada. 
Na época, o governo brasileiro fazia de tudo para mostrar que os prisioneiros de guerra eram bem tratados - o que nem sempre era verdade. O tempo de internamento variava. Houve pessoas que ficaram 3 anos presas, mas outras conseguiam ser libertadas mais cedo. Também é difícil definir exatamente o número de presos que foram mandados para os campos de concentração brasileiros entre 1942 e 1945, pois os registros são vagos. Mas existe uma documentação que revela nomes e, em alguns campos, o número exato de prisioneiros que passaram por lá. Os registros comprovam que a maioria era de alemães, seguidos de japoneses em bem menor número, italianos e um ou outro austríaco.
Juventude Hitlerista 
Poucas pessoas foram tão afetadas com o internamento nos campos quanto Ingrid Helga Koster, cujas memórias registrou no livro Ingrid, uma História de Exílios (Ed. Sagüi). Nascida no Paraná, ela se tornou órfã de pai com apenas 1 ano de idade. Quando tinha 5 anos, sua mãe se casou novamente, com um alemão. Seu padrasto, Karl von Schültze, tinha migrado para o Brasil em 1920, para fugir da crise que castigava a Alemanha depois da 1a Guerra Mundial. Schültze chegou aqui e, junto com outros estrangeiros, começou a trabalhar em uma empresa alemã, a AEG, fazendo instalações elétricas em vários lugares do país. Ele se casou com a mãe de Ingrid no início dos anos 30, em Rio Negro, no Paraná. Pouco depois a família, já com duas outras filhas, se mudou para Joinville, em Santa Catarina, cidade dominada pela cultura alemã. Ingrid se lembra de ouvir no rádio um novo chanceler que assumira o poder na Alemanha, cujo carisma a deixava emocionada. "Eu ficava arrepiada. Ele sabia falar com o povo. Nós não imaginávamos o que estava acontecendo", conta Ingrid. O tal chanceler era Hitler. 
Então começou a guerra, e o pai de Ingrid pressentiu que as coisas ficariam ruins. Ele proibiu, mais de uma vez, que Ingrid se unisse ao movimento Juventude Hitlerista que existia em Joinville. Na Alemanha, esse grupo foi criado para reunir e doutrinar ideologicamente os jovens de 6 a 18 anos. No Brasil, o grupo assumiu um tom mais brando - servia principalmente como ponto de encontro para os imigrantes alemães. Mas o pai de Ingrid não quis nem saber. E também queimou todos os livros em alemão que tinha em casa. Entre eles o famoso Mein Kampf (Minha Luta), de Hitler. 
Até que, em 1942, a polícia bateu à porta. "Eles chegaram procurando pelo meu pai, o levaram e ficamos dias sem notícias. Até que chegou um comunicado dizendo que ele estava preso aqui em Joinville", lembra ela, que depois de algum tempo passou a levar marmitas para seu pai no Hospital Oscar Schneider, adaptado como campo de concentração à época. O governo brasileiro acreditava que Karl fosse um espião nazista. Por isso, o regime de confinamento dele era rígido. Nos dois meses em que ficou em Joinville, nenhum familiar pode visitá-lo. A marmita era entregue aos guardas. Até que certo dia, quando Ingrid foi levar a comida, lhe avisaram que seu pai não estava mais lá: tinha sido transferido para o Presídio da Ilha das Flores, no Rio de Janeiro. "Nosso dinheiro acabou e tivemos que voltar para o Paraná, viver do jeito que dava", diz Ingrid. "Nossa casa era apedrejada, pichavam a suástica nos muros. Nós éramos o inimigo." 
Daí em diante, ela só pôde visitar o padrasto uma vez por ano - no Natal. Quando a guerra acabou, Karl foi libertado por falta de provas. Mas seu chefe na AEG, Albrecht Gustav Engels, acabou condenado a 8 anos de prisão por fazer espionagem nazista. "Meu pai nunca falou sobre os tempos em que ficou preso. Mas acredito que tenha sofrido muito, inclusive tortura, porque antes era uma pessoa alegre e depois se tornou calado, triste", conta Ingrid. Ela chegou a perguntar antes de o padrasto morrer, em 1966, se ele realmente espionara. Karl deu uma resposta vaga, e disse apenas que não foi condenado. Então ele era mesmo um espião nazista? "Até hoje não tenho certeza", admite Ingrid. 
Mesmo tendo passado por sofrimentos e humilhações, os prisioneiros alemães não quiseram deixar o Brasil depois da guerra. Como o padrasto de Ingrid. "Quando eu perguntava se ele não gostaria de voltar, ele dizia que, apesar de tudo, agora era brasileiro."
Os principais campos de detenção 
1. Tomé-Açú (PA)
A 200 km de Belém. Recebeu alemães e japoneses.
2. Chã de Estêvão (PE)
Abrigou empregados alemães da Cia Paulista de Tecidos (hoje conhecida como Casas Pernambucanas).
3. Ilha das Flores (RJ)
Nessa cadeia, prisioneiros de guerra foram misturados com detentos comuns - uma violação das leis internacionais.
4. Pouso Alegre (MG)
O campo de Pouso Alegre reunia presos militares: os 62 marinheiros do navio Anneleise Essberger.
5. Guaratinguetá e Pindamonhangaba (SP)
Fazendas que pertenciam ao governo e foram adaptadas para receber alemães. 
6. Oscar Schneider (SC)
Hospital transformado em colônia penal.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Primeiro homem britânico era negro e tinha olho azul, diz estudo

Fóssil no qual os estudos se basearam, conhecido como Homem de Cheddar, é um esqueleto do período Mesolítico

O fóssil no qual os estudos se basearam, conhecido como Homem de Cheddar, é um esqueleto do período Mesolítico – há cerca de 10 mil anos -, descoberto em 1903 na caverna Gough, na Garganta de Cheddar, em Somerset. A pesquisa foi realizada por cientistas do Museu de História Natural do Reino Unido.

Inicialmente, acreditava-se que o Homem de Cheddar tinha pele clara e cabelo liso, mas a reconstrução de sua aparência com base na análise do DNA sugere fortemente que ele tinha olhos azuis, pele “muito escura ou negra” e cabelos escuros e crespos.Além de ser o mais antigo fóssil da espécie humana – o Homo sapiens – já encontrado em território britânico, o Homem de Cheddar é também o esqueleto mais completo dessa época. De acordo com os cientistas, as populações que viviam na Europa adquiriram um tom de pele cada vez mais claro ao longo do tempo, porque a pele branca absorve mais luz solar, produzindo mais vitamina D.
A nova descoberta sugere que a pele clara surgiu mais tarde, após o surgimento da agricultura, provavelmente porque ao mudar a dieta as populações europeias começaram a obter menos vitamina D a partir de fontes como peixes.
“Até recentemente, sempre se supunha que os humanos se adaptaram rapidamente para ter uma pele mais clara depois de sua entrada na Europa há 45 mil anos. A pele mais clara é mais eficiente para absorver a luz ultra-violeta e isso ajuda os humanos a evitar a deficiência de vitamina D em climas com menos luz solar”, explicou um dos autores do estudo, Tom Booth, do Museu de História Natural do Reino Unido.
O Homem de Cheddar, porém, tem marcadores genéticos de pigmentação da pele normalmente associados ao biotipo das populações sub-saharianas, segundo o cientista. A descoberta, de acordo com ele, é coerente com várias outras descobertas relacionadas a fósseis humanos do Mesolítico em toda a Europa.
“Ele é apenas um indivíduo, mas também é um indicativo da população europeia naquela época. Eles tinham pele escura e a maior parte deles tinha olhos bem claros – azuis ou verdes – e cabelos castanhos escuros. O Homem de Cheddar subverte as expectativas sobre os tipos de traços genéticos que ocorrem juntos”, afirmou Booth.
De acordo com o cientista, o estudo indica que os olhos azuis se tornaram comuns na Europa muito antes da pele clara e do cabelo loiro – características que só começaram a se generalizar depois do advento da agricultura.
“Ele (o Homem de Cheddar) nos lembra que não podemos fazer suposições sobre a aparência das pessoas do passado com base em como elas se parecem hoje – e que as associações entre características físicas às quais nos acostumamos não são algo fixo”, declarou Booth.

O “primeiro inglês”

O Homem de Cheddar era um caçador-coletor – isto é, viveu antes do surgimento da agricultura – com cerca de 1,66 metro de estatura e que morreu com pouco mais de 20 anos.
Quando seu esqueleto foi encontrado, em 1903, foi divulgado que se tratava do “primeiro inglês”, com uma estimativa de idade – exagerada – de 40 mil a 80 mil anos. A datação com radiocarbono feita na década de 1970, porém, mostrou que o esqueleto tinha cerca de 10 mil anos.
Segundo o cientista, o esqueleto apresenta uma pélvis com formato estreito, normalmente encontrado nas mulheres.
Ele tinha um buraco na testa, mas não ficou claro se ele era decorrente de um ferimento, de uma infecção, ou de um dano no momento da escavação.
Como todos os humanos da Europa em sua época, o Homem de Cheddar era intolerante à lactose e, depois de adulto, era incapaz de digerir o leite.
Quando ele viveu, o canal da Mancha ainda não existia e, portanto, a Grã-Bretanha ainda não era uma ilha – estava ligada ao continente europeu. A paisagem, naquela época, se tornava densamente coberta por florestas.
“O Homem de Cheddar pertenceu a um grupo de pessoas que era formado principalmente por caçadores-coletores. Eles caçavam, coletavam sementes e castanhas e tinham vidas bastante complexas”, disse Booth.
Além das sementes e castanhas, a dieta do Homem de Cheddar teria incluído o veados-vermelhos (Cervus elaphus), auroques – um bovino pré-histórico extinto – e peixes de água doce.
Embora o esqueleto não tenha sido encontrado com nenhum animal ou vestígio cultural, outros sítios arqueológicos do Mesolítico oferecem pistas sobre sua dieta e sua vida cultura, de acordo com Booth.
Um exemplo é o sítio de Star Carr, em North Yorkshire, onde foi encontrado um assentamento mil anos mais antigo que o Homem de Cheddar.
Em Star Carr, os arqueólogos não descobriram um esqueleto tão completo como do Homem de Cheddar, mas encontraram os topos dos crânios de veados-vermelhos trabalhados para serem usados como uma espécie de chapéu, pedras semipreciosas – incluindo âmbar, hematita e pirita – e um pingente de xisto gravado, que é considerada a mais antiga manifestação artística do Mesolítico na Grã-Bretanha.
A maior parte dos fósseis humanos do Mesolítico foi descoberta em cavernas e há uma forte tradição de enterros em cavernas na região.
“A pouco mais de um quilômetro de onde foi encontrado o Homem de Cheddar, existe uma outra caverna conhecida como Buraco de Aveline que é um dos maiores cemitérios do mesolítico na Grã-Bretanha. Os arqueólogos encontraram ali restos de cerca de 50 indivíduos, todos depositados dentro de um curto de período de 100 a 200 anos”, afirmou Booth.
O caso do Homem de Cheddar, porém, é considerado incomum, porque ele foi encontrado sozinho e em sua época eram comuns os enterros coletivos. “Ele foi retirado do sedimento, mas não ficou claro se após sua morte ele foi enterrado ou se foi apenas recoberto por sedimentos, ao longo do tempo, por deposição mineral natural”, disse o cientista.

A reconstrução

O modelo do Homem de Cheddar foi feito pela empresa Kennis & Kennis Reconstructions, especializada em reconstruções paleontológicas. Os artistas tiraram as medidas do esqueleto, escanearam o crânio com tomografias e utilizaram uma impressora 3D para produzir uma base para o modelo.
“É claro que a reconstrução facial é em parte arte e em parte ciência. Mas há alguns padrões relacionados à espessura dos tecidos em diferentes regiões do rosto das pessoas, de modo que podemos utilizar essas convenções para desenvolver a morfologia facial”, disse Booth.
Segundo os cientistas, os britânicos atuais compartilham cerca de 10% de sua ascendência genética com a população europeia à qual pertencia o Homem de Cheddar, mas não há descendentes diretos. Eles acreditam que a população mesolítica de caçadores-coletores da qual fazia parte o Homem de Cheddar foi em sua maior parte substituída por agricultores que migraram mais tarde para a Grã-Bretanha.